sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Capítulo 8 - O despertar
sábado, 24 de dezembro de 2011
Capítulo 7-Sorte
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Capitulo 6-Esperança
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Capitulo 5-Revelação
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Capitulo 4-Risco de vida
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Capitulo 3-De Volta a Escola
Eu não queria acreditar no que estava vendo, câmeras de segurança espalhadas pela cidade nos davam a dimensão do problema, pelo monitor a gente acompanhou cada ponto, tudo estava morto e tomado por aquelas criaturas, a cidade estava infestada, seria impossível escapar com vida.A delegacia era pequena, nela havia espaço para carros apreendidos e uma garagem para dois carros da policia, e uma construção não muito grande, que abrigava poucas pessoas.
- A gente vai morrer!!, - gritava Lucas - aqui não tem nem armas pra nos defendermos.
- Cala a Boca, ninguém vai morrer aqui-eu digo.
Era inútil tentar acalma-los, eu já estava fugindo da realidade, estava com medo, mas não podia demonstrar, eu precisava ser forte pra tirar gente daquela situação.
Olhando embaixo do tapete, achamos um alçapão, eu fui o primeiro a entrar, estava escuro, eu acendi a luz e pra minha surpresa o delegado estava escondido, mas seu braço estava dilacerado e ele gritava desesperado.
- Por favor me mate, eu não agüento a... dor..., - ele desmaia.
Aquela sala servia de depósito de armas e munição, mesmo não sabendo atirar eu peguei um revolver calibre 38 e dei um tiro na cabeça do delegado.Com seu cérebro espalhado por toda a parede, sentei e comecei a chorar.Eu não podia acreditar que tinha matado um inocente, um ser humano, era diferente de ter que matar aqueles zumbis, eu ja estava quase desistindo de tudo.
- Eu não queria fazer isso,- digo Soluçando – eu apenas queria acabar com o sofrimento desse pobre homem.
- Você fez a coisa certa, - diz Thales procurando uma maneira de me consolar – A gente tem que pegar armas e munição pra sairmos daqui, levanta vai.
Thales nunca foi muito bom em consolar as pessoas, mas com um forte abraço ele transpassou segurança, e eu me levanto, ja enxugando as lágrimas.
- A gente primeiro tem que aprender a atirar e se preparar, - eu digo já recuperado do choque – cada um pegue uma arma e comece atirar na parede.
A quantidade de armamento era incrível, rifles sniper, shotguns, pistolas, e metralhadoras.Quem ia imaginar isso numa cidade pequena?.Parecendo umas crianças que estavam vendo um filme de ação,a gente pega as armas de nossos gostos, e começamos a estuda-las, para saber como usa-las, pois em batalha um erro seria fatal.
O primeiro a pegar uma arma foi Lucas, um rifle winchester. Logo que começou a atirar não pareceu ser tão difícil, ele se saiu muito bem.Dando uma risada bem alta, e pela primeira vez, desde que o apocalipse começou, ele se senta.
Depois Guilherme pega uma metralhadora Mp5, ele quase nos acerta devido ao recuo da arma, mas logo pega o jeito.Sentando em um canto, ele começa a cantar baixinho, talvez pensando em sua família e namorada.
Thales pega um rifle sniper PSG-5, o primeiro tiro quase desloca seu braço, mas logo ele já estava acertando uma mosca na parede.Com um olhar perdido,Thales olhava pra rua, angustiado pelas perdas que ele poderia sofrer.
Chuck pega duas pistolas glock e descarrega seus pentes na parede.Tiros tão perfeitos que pareciam que ele sabia como usa-las, ele estava nos escondendo algo, como sempre, mas ele mantinha o controle mental.
Eu pego uma calibre 12, remington 870.Eu imaginei o estrago que faria naqueles zumbis pelo buraco enorme que abri na parede, meu braço quase foi arrancado fora, depois de um tempo eu segurei com mais força e ja estava pronto pra explodir a cabeça daqueles seres fétidos.Eu estava a ponto de explodir, eu queria minha família, ja não aguentava mais aquela situação.
- Todos prontos?, - eu digo vendo que eles estavam mais tranqüilos- temos que sair da cidade.
Antes de sairmos meu celular começa a tocar, eu atendo e levo um susto
- Do...do...glas.., nos aju...de..., - susurrava uma voz que parecia familiar- es...ta...mos no ba...nhei...ro da es...co...la...
- Essa voz..., é da Carol!!,- grita Guilherme pulando de alegria – a gente tem que fazer alguma coisa.
- Vamos todos voltar a escola, - eu falo apontando pra rua – estamos armados o suficiente pra derrubar qualquer cadáver que aparecer.
Todos já estavam prontos e por sorte estávamos com nossas bolsas, jogamos nosso material fora, e enchemos com munição de todo o tipo.
Ao sair a rua um grupo perto de uma papelaria se alertou e veio pra cima da gente, em uma fração de segundos mais de trinta corpos estavam amontoados no chão, aqueles disparos ensurdecedores atraíram muito atenção.Descendo rua abaixo, e matando qualquer coisa que passasse na nossa frente, chegamos a frente da escola, estava tudo quieto, o suor escorria por nossas faces, foi quando entramos e vimos uma multidão de mortos tentando entrar no banheiro feminino.Guilherme assovia e atrai a atenção da multidão, que com gritos ensurdecedores vem nossa direção com um ódio terrível em seus olhos.
A escola era grande, uma construção antiga e talvez a primeira escola da cidade, sua quadra grande onde eu adorava jogar futebol, estava sendo reformada, com cerca de 13 salas de aula, era uma construção que tomava conta de um quarteirão inteiro.
- Dêem a volta, eu distraio esses desgraçados, - diz ele disparando contra aqueles zumbis.Dava pra ver o ódio no olhar de Guilherme, ele estava de alguma forma anestesiado daquilo tudo, ele não tinha mais aquele medo que mostrava na delegacia, ele talvez viu que o medo não adiantaria de nada, e só traria a morte dele.
Entrando pela biblioteca, que estava toda revirada, atravessamos e passamos por um buraco no muro que por sorte ainda não tinha sido consertado, chegando pelos fundos da escola, vimos Guilherme derrubar qualquer coisa que se aproximasse, a velocidade com que ele recarregava sua arma nos levava a pensar que ele já manejava a anos.
- Lucas, ajuda ele, - eu grito.
Lucas vai pra cima dos cadáveres e a cada disparo um corpo vai ao chão.Dava pra ver uma lágrima rolando de seu rosto, ele estava mantendo a calma, mas nunca tinha enfrentado uma situação daquelas.
Num chute Thales derruba a porta do banheiro que estava quase destruída e as encontramos em um canto, encolhidas de medo. Quando nos viram as duas nos abraçaram fervorosamente.
- Você voltou pela gente.., - diz Carol enquanto desabava em prantos.Eu conheço Carol a nove anos e ela é uma grande amiga, uma menina doce e com um olhar assutado, um pouco baixinha, mas de certa forma corajosa, sempre usando o uniforme da escola e uma calça jeans básica e seus cabelos lisos e castanhos, que agora estavam manchados de sangue, sangue que não era dela.
- Que merda é essa que ta acontecendo, - diz Eloísa assustada.Eloísa sempre foi meio doida, eu a conheço desde a 5ª série, seus cabelos ondulados e quase pretos, e um óculos que estava com uma lente trincada, uma calça jeans rasgada no joelho, ela era corajosa e não tinha medo de nada, até aquele momento.
- Não tenho tempo pra explicar agora, - eu digo.
Empunhando nossas armas a gente extermina todos aqueles zumbis.Eu amarro um lenço em meu braço tentando esconder a mordida que levei.
Todos estavam prontos para sair, quando do teto da escola, surge uma criatura, ela era diferente das outras, era maior e mais rápida.
- Mas o que é isso, - eu digo olhando para aquela coisa horrenda.
Termino de falar e ela solta um urro e corre na nossa direção.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Capitulo 2 – O começo
Eram seis da tarde e Guilherme estava se arrumando pra ir a escola, estava cansado de tudo aquilo, não sabia mais o que fazer, brigas com a mãe, a namorada, enfim, ele só queria dar um fim naquilo, pegou sua bolsa sem se despedir de ninguém e saiu correndo.Os seus pequenos óculos sempre bem limpos, o cabelo espetado e com um topete invejável, ele sempre amou seus amigos, odiava ser incomodado e ficava muito bravo com brincadeiras fora de hora, sua inseparável camiseta do Ozzy e seu coturno preto o deixava mais assustador ainda, e desde que começou a namorar, seu coração se amoleceu de alguma forma.
-Acho que hoje não vou a escola, - diz ele enquanto uma lagrima corria no canto de seu rosto- Não, é melhor eu ir,estar com os amigos me ajudara a ficar melhor.
Chegando perto da escola ele viu um clarão saindo do telhado de uma casa, pensou ser uma explosão, mas ignorou e entrou na escola.
O relógio marcava quatro da tarde, enquanto no sitio vozes de alivio eram ouvidas.
-Finalmente terminei por hoje, - diz Thales enquanto se preparava pra ir pra casa – Vem pai, esta na hora de irmos.
Mal sabia ele que nunca mais poderia ver seu pai. Se arrumou pra ir a escola, sempre com um sorriso no rosto, e la ficou esperando o ônibus aparecer, chegando o ônibus ele entrou e viu que estava vazio.Com um coração que não cabia em seu peito, Thales sempre foi um garoto trabalhador, nunca faltava a escola e quando ia ja abria um sorriso ao nos encontrar , seu cabelo penteado para traz dava ainda mais volume, mesmo parecendo curto, trajando sempre seu uniforme ele adora jogos de RPG e ouve um rock bem pesado, ele presa muito suas amizades e sempre que ser alguem melhor na vida.
- O que aconteceu, ninguém vai a escola hoje?- diz ele estranhando tudo aquilo
- Não sei o que aconteceu, todos aqui nas redondezas estão com algum tipo de febre, - fala o motorista limpando seus óculos.
O caminho até escola ocorreu normal sem grandes acontecimentos, ele entra na escola imaginando ser uma noite produtiva.
Lucas acaba a ultima peça, um anão de jardim feito a gesso com um bonito chapéu azul.
- Ufa, acho que vou dormir na escola hoje, - diz ele caindo na risada- Você vai hoje Luigui?
- Acho que não, Tem jogo do Palmeiras e não quero perder.
- Então eu já vou indo, até amanhã então.
Lucas era um garoto que cresceu ouvindo rock, influência de seus pais, ele tinha muitos amigos, mas o verdadeiros ele contava no dedo, um amigo muito fiel e que faria de tudo por eles,porem tem um temperamento forte e não gosta de ser contrariado, e depois do término de namoro com sua primeira namorada, ele ficou mais recluso e parecia esconder algo da gente, algo que o machucava muito.Seu cabelo bem repartido ao meio combinava com seus olhos castanhos, o que o deixava com um estilo bem maneiro.
Chegando em casa ele se apronta e vai a escola, antes de entrar ele vê o que parece ser uma pessoa gritando e entrando em uma casa. Considerando o fato de ser apenas uma brincadeira de alguém ele entra.
-Vinícius, pegue aquela caixa de roupa e você já pode ir, - diz o encarregado da loja de roupas.
O verdadeiro nome de Chuck era Vinícius, ele ganhou esse apelido á muito tempo e desde que eu o conheço não sei o motivo.Ele sempre foi um ótimo amigos, muito observador, porém enigmático, nunca nos mostrou quem ele realmente era, algo em seu passado não o deixava confiar muito nas pessoas, com um topete modesto em seu cabelo, ele lembrava muito seu pai, um senhor simpático de olhos verdes.Chuck possui um grande coração e parece não se assustar muito fácil.
Está tarde, acho que não vou na escola, vou ficar jogando, - diz ele enquanto entra no ônibus pra ir pra casa.
Chegando em casa vinte minutos antes do sinal da escola, ele decide entrar na segunda aula e já senta na frente do computador, mas após algum tempo alguma coisa o faz se trocar rapidamente e correr pra escola.
- Nossa, o que será essa vontade de ir a escola? – ele diz estranhando.
No caminho ele viu um cão em uma casa, o medo estava tomando conta daquele pobre animal, tentando desesperadamente morder o portão pra sair, ele com dó abriu o portão devagar, o cachorro pulou em cima dele e abocanhou sua bolsa, então ele sai correndo gritando rua abaixo.
- Cachorro mal agradecido, eu ajudo ele e sou atacado, - diz ele praguejando o cão.
Ele então finalmente entra na escola.
Eu sempre fui fanático por filmes de terror, principalmente de zumbis, quando falava que o apocalipse iria acontecer por causa desses mortos meus amigos caiam na risada.Comecei a ouvir rock por influência de meus amigos, e aderi ao estilo, sempre usando camisetas de minhas bandas favoritas, meus cabelos loiros e meio despenteados combinam com meus olhos verdes.Sempre adorei sair com meus amigos, na verdade, eu morreria por eles, e ainda sentia por uma pessoa ter me feito sofrer no passado, então finalmente encontrei algo pelo que lutar.
Correndo o máximo que eu podia com aquelas criaturas atrás de mim eu entro em uma casa escura, no meio da mata, finalmente sou cercado e me dou por vencido, eles pulam em cima de mim.
- Nossa, que sonho estranho, - digo eu me levantando do chão, e me recuperando do tombo do sofá – Aii meu braço, maldição!!!
Eu estava desempregado á algum tempo, e tudo o que eu fazia era dormir ou jogar, mas nunca antes havia tido um sonho tão aterrorizante.Olhei para o relógio e vi que eram seis e meia.
- Caramba, dormi demais, - e num salto corro pro quarto – tenho que correr pra não me atrasar pra escola.
Chegando na escola um rosto me da observa da janela na casa em frente a ela, eu chego perto e não vejo nada, aquela casa estava abandonada a muito tempo, eu entro na escola pensando ser coisa da minha cabeça.
- Olha só quem eu vejo, - diz Lucas com um sorriso e me estendendo a mão.
- O que foi, já estava com saudades de mim?, - eu digo apertando sua mão.
Ele me da um soco no braço.Aquilo doeu de verdade.Entramos na classe e pouco a pouco os alunos vão chegando, inclusive meus amigos.
Aquelas três aulas pareciam nunca mais passar, eu queria que chegasse logo o recreio. Eu dei uma cochilada sem querer e acordei com o sinal do recreio.
- Vai ficar ai dormindo?, - Diz Carol me puxando pelo braço.
No recreio como sempre todos se juntam e começam a conversar, Guilherme, Lucas, Thales, Chuck, Eloísa, Carol e Eu.
- Eu e a Eloísa vamos no banheiro,a gente já volta, - Diz Carol abraçando a outra.
Quase no final do recreio ouvimos um grito muito alto, um garota sai do banheiro e seu pescoço estava dilacerado, ela gritava e chorava muito e cai sobre os meus pés, eu pulo pra trás e vejo no fundo da escola alguns alunos pulando sobre outros e outros correndo na nossa direção.
- Rápido, vamos sair daqui, eles não parecem nada amigáveis, - eu grito.
Todos me seguindo, a gente esbarra e um professor, eu ia perguntar o que estava acontecendo, mas ele avança pra cima de Chuck o derrubando e tentando morder seu pescoço, eu tiro uma caneta do bolso e cravo em seu pescoço ele começa a gritar corre para a multidão logo atrás da gente.
- Vocês quatro, vamos pra sala dos professores!!!
A barulho da porta se fechando me deixou aliviado.Por Enquanto.